quarta-feira, 8 de setembro de 2010

E a montanha pariu o rato.

E enfim, aconteceu. O suposto vazamento de dados dos tucanos da Receita Federal e a tentativa a todo o custo de ligar o fato à campanha da Dilma vêm tomando conta do noticiário nacional nos últimos dias. A Folha tenta a todo custo requentar o assunto, dando dimensões comparáveis ao caso Watergate; a Globo tenta a todo o custo dizer que o tal contador toma café diariamente com o Lula e que todo e qualquer barbudinho do PT tem um DNA soviet, de fidelidade canina ao grande partido e de aparelhamento do estado; e a Veja... bem, ela tenta ser a Veja de sempre.
Isso é que dá o Adriano ter saído do Flamengo. A mídia fica sem assunto.
Afinal, por mais que você acredite em teorias conspiratórias, um partido que tem força e relevância no cenário político nacional há trinta anos, que está no poder há oito e que hoje consegue dar as ordens naquela geleia que é o PMDB, daria carta branca a um sujeito com cinco CPFs e uma procuração tosca para retirar dados sigilosos de tucanos e araras do cadastro da Receita Federal, quando um superintendente pode fazer isso a qualquer momento, em um micronésimo de segundo sem alarde, com um clique? 
Seria mais que amadorismo. Seria uma burrice completa.
De mais a mais, a notícia do vazamento não teve o impacto esperado pela campanha do Serra. Mesmo porque isso teve para a população a mesma relevância do resultado do campeonato de sinuca no bar da esquina que aconteceu no domingo passado.
Ou seja, muito barulho para nada.
Outro fator relevante é que a mídia tradicional vem tomando um baile das grandes redes já há algum tempo e que o resto de sua credibilidade corre o sério risco de ser sucumbida por qualquer menino de 13 anos, criado a toddy, que tenha um celular com uma câmera mais ou menos decente. E aí, por mais que o PIG busque ser o PIG, o tiro sai sempre pela culatra.
Até o final do mês, a história vai ser recontada outra dezena de vezes e, caso ocorra alguma queda da Dilma nas pesquisas, será praticamente irrelevante. 
Vem mais baixaria por aí. Até lá, é só respirar fundo. Ou desligar a TV.
Como naquele antigo provérbio, a montanha pariu o rato.

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