quarta-feira, 14 de abril de 2010

Eu acredito no jornalismo imparcial! E em duendes, em fadas...

Veja bem a Época em que nós estamos. O jornalismo "imparcial" virou moda nO Globo, Isto é, país afora. Desde O Estado de São Paulo até os confins, o Jornal Nacional é a nossa Folha, nosso panteão!
Leia abaixo algumas declarações imparciais, isentas e democráticas diretamente do quartel general do PIG:
Depois disso, só posso chegar à conclusão de que, no Brasil, o jornalismo imparcial existe, assim como o Papai Noel, o Coelhinho da Páscoa e o Saci-Pererê.

Jornalismo deve ter cara!

Não sou jornalista, nem sei ao certo sobre seus códigos de ética profissional. Mas sempre gostei de me manter informado. Por isso, entendo que o jornalismo deve primar pela opinião e respeito à nossa inteligência, provocando a discussão com o leitor ou o espectador, de modo que se possa desenvolver um pensamento crítico e inteligente. Neste sentido, a internet virou o meu maná, pois não fico mais limitado às grandes mídias, que jogam o que querem no luquidificador, temperam com a opinião de quem vai falar o que eles querem para, no fim, vender como verdade.
Para mim, JORNALISMO DEVE TER CARA!
Exemplos do bom jornalismo é o que não falta na grande rede. Opinião, também.
Dito isso, repasso dois ótimos textos dos blogues do Luiz Carlos Azenha e do Marcelo Migliaccio (este no JB) que mostram que jornalista deve ter direito à opinião, assim como nós, filósofos de botequim.


A reprise de 2006. Agora, como farsa - Luiz Carlos Azenha

http://www.viomundo.com.br/opiniao-do-blog/a-reprise-de-2006-agora-como-farsa.html


 O sumiço do post - Marcelo Migliaccio


http://www.jblog.com.br/rioacima.php?itemid=20593

Depois, repasso mais links interessantes.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Chorume

chorume cho.ru.me sm (lat vulg *florumen) 1 Gordura que ressuma da carne; banha, pingo. 2 Abundância, opulência. 3 Produto resultante da mistura de urina com o líquido escuro que escorre da estrumeira.
Dicionário Michaelis
 
 
Em tempo: chorume também é conhecido como o líquido resultante da decomposição do lixo, após algum tempo. Mais ou menos como as merdas que os políticos fazem... 
 

Porrada no Cacique!

Já dizia o grande Chacrinha  que tudo se copia. Principalmente as coisas boas. Por isso, segue abaixo um puta achado de Marcelo Carvalho e seu ótimo Resumo da Chuva.

...É claro que todo mundo sabia que todo mundo sabia, mas não teve jeito. As coisas são feitas assim: a gente fala e fala e fala, mas, no fim, não faz porra nenhuma. É a máxima do neo-qualquer-partido, ou seja, muda-se tudo para não se mudar nada.
Por exemplo, as enchentes no Rio de Janeiro é a previsão descarada do apocalipse em 2012? A maldição do José serrote? Iemanjá vs. Poseidon travando a maior suruba entroplanetária? Chuva excessiva devido a todas as ignorâncias que já fizemos ao planeta? Acredito que, se o homem pode imaginar, logo, há um viés de realidade, depende do ponto (distorcido) de vista. Contudo, penso ser, neste caso, puro estupro social. Chego lá.
Os geólogos de plantão (ou nem geólogos assim, mas seres dotados com um mínimo de raciocínio) disseram que os morros cariocas possuem uma camada muito fina de terra – o resto é rocha –, portanto, qualquer chuvisco persistente é um perigo (ou uma “pica”, como diz o carioca da Baixada). Os governos sabiam? Sabiam, naturalmente. Os governos podiam prever que, algum dia, isso daria em merda? Claro, certamente. Os governos podiam, enfim, barrar a desenfreada população de construir desenfreadamente mais casas, casarões, barrocos (depende do lugar e da classe) nos morros? Sem dúvida alguma! Por que não o fizeram? Bem, veja bem, aí é onde a política rima com titica.
Sem dúvida anda chovendo à beça no Rio de Janeiro, mas quando 100, 200 mortos clamam soterrados na pobreza ou nos destroços, aí mililitros cúbicos não dizem nada além do óbvio: tapamos os olhos e deixamos a tragédia acontecer na expectativa de que a merda só fedesse no próximo governo. Como impedir o crescimento populacional dos pobres nos morros tira votos, nada se faz, como impedir ricos de construírem suas mansões em áreas perigosas pode minar o dinheiro da campanha eleitoral, nada se faz. E de nada em nada vamos nadando no lamaçal que se tornou a nossa “crônica de uma morte anunciada”.
Claro que não podemos jamais esquecer do convênio firmado entre a prefeitura do Rio e a Fundação Cacique Cobra Coral. Como governos jamais deixarão de ser o que são: corruptos, cancerígenos e absurdos, coloco imediatamente a culpa no FDP do cacique que, ao pedir para chover no Rio, não pediu direito, ou pediu em demasia, e Tupã, bêbado, abrindo sem jeito o mapa do Estado, amassando a parte que cabe à Baixada (tudo bem, já estamos acostumados), resolveu mijar toda a Lagoa Rodrigo de Freitas e Niterói. Porrada no Cacique e, sobretudo, no prefeito!

Cínicos!

O cinismo invade a nossa sala, bem na hora do jantar. Sob o pretexto de denunciar irregularidades e comover o telespectador antes da novela, o casal telejornal dá plantão em frente à montanha de lixo, concreto, chorume e morte que virou a "comunidade" do Morro do Bumba, em Niterói.
Mais uma vez, o desespero das vítimas do horror, o grito de dor e as lágrimas dos sobreviventes nos toca mais fundo do que a mocinha. Se fosse colocado um fundo musical, viraria uma final de big brother. Diante disso, temos, enfim, a glorificação das mazelas, do descaso, do cinismo. Do NOSSO cinismo.
O telejornal é cínico, pois destina quase que a totalidade de seu tempo para a tragédia, com direto a "melhores momentos". Fotos, imagens de arquivo e informações desencontradas com um único objetivo: vender a tragédia.
As autoridades são cínicas, pois oficializaram a área de risco, empurrando com a barriga uma desgraça anunciada há vinte anos. Para não perder votos, se esquecem de que ali havia um lixão, jogam uma camada de piche, espalham gambiarras e criam sumidouros para depois chamar de urbanização.
E nós, somos cínicos, pois fechamos os nossos olhos diante do perigo iminente, não cobramos a responsabilidade de quem deveria e aplaudimos quando oficializam a favela, a desordem e o caos metropolitano. Se ficarmos incomodados, basta colocar placas decoradas ao longo da linha vermelha  e pôr um lenço perfumado na cara que o problema está resolvido. 

Nós, os fodidos.


Nós, os fodidos, não temos refinamento ou cultura acadêmica. Somos chulos, boçais e ignorantes e, por isso, não podemos frequentar o fashion mall.
Nós, os fodidos, não andamos de taxi ou temos carros de luxo. Andamos a pé, apinhados nos trens, nos ônibus para a Central ou dentro de kombis enferrujadas e, por isso, não precisamos de transporte decente.
Nós, os fodidos, não comemos foie gras, caviar ou sequer sabemos o que é möet chandon. Comemos o que vier à frente, desde que tenha um pouco de feijão ou mesmo farinha e, por isso, somos mal vistos nos restaurantes.
Nós, os fodidos, não moramos na cobertura. Vivemos em áreas de risco, nos barrancos e encostas e, por isso, qualquer medida paliativa disfarçada de projeto de urbanização serve.
Nós, os fodidos, não temos nome, sobrenome ou mesmo pedigree. Somos massa, estatística sem rosto, com cara de fome e, por isso, somos destinados a viver e morrer como coisa, esquecidos por Deus e pelos homens.

terça-feira, 6 de abril de 2010

JOGO MORTAL

SEM EDUCAÇÃO, SÓ HÁ A BARBÁRIE!

No fantástico mundo dos padres pedófilos, uma pulseirinha rompida é a senha para crianças estuprarem crianças.
O promotor cobra providências.
Os pais zelosos cobram providências.
As autoridades queimam o acessório em praça pública, exorcizando o demônio contido nelas.
A senhora reza aliviada a solução do caso.

Amém, assim seja.

Na cidade maravilha da beleza e do caos, alunos se organizam em gangues, chutam a diretora e depredam a escola.
O sindicato cobra providências.
A sociedade cobra providências.
A polícia, a milícia e o traficante punem os agressores nas ruas da favela sem saneamento.
Todos nós vamos dormir tranqüilos, amém.

Assim seja.

No formidável planeta dos macacos, uma criança de treze anos é detida pela décima terceira vez pela polícia.
O Datena cobra providências.
A classe média cobra providências
A polícia lamenta o fato de o menor não possuir idade para seguir para um centro de detenção.
Boris, o Casoy, no alto de sua bancada, reclama.
A senhora, no alto de seu salto agulha, reclama.
E nós, do alto de nossas grades, vamos para cama preocupados com a violência.
Assim seja!
Amém!